DEU A LOUCA NOS LOUCOS

– Querida, não estou lhe entendendo. Suas palavras deixam meus pensamentos desvairados, desencontrados, embriagando minha lucidez, e aí fico com saudades dos tempos que virão e na expectativa dos tempos vividos!

– Não sei bem, meu doidão querido, o que estou a lhe dizer, uma vez que meus pensamentos ficaram inebriados pela linda noite enluarada que encontrei ao amanhecer, ofuscados pelos intensos raios solares, e isso me deu fortes intuições sobre o porque dessa chuva catastrófica.

– Agora sim, você descomplicou tudo! Mas mesmo assim acho melhor não tomarmos mais essa droga! Está nos deixando bem caretas nos pensamentos. Joga esse fumo fora, melhor ainda, joga pela janela, que aí não teremos mais como beber isso, e vem deitar aqui na cama comigo.

– Está bem querido. Toma esse cachimbo, que vou me jogar pela janela.

– Não, NÃO QUERIDA! Era pra levar a droga junto! Junto NÃO! SÓ OS COMPRIMIDOS!  QUERIDA, QUERIDA, você se jogou maluca?! Tamos no décimo quin…, décimo sex…, sei lá onde tamos! Tamos alto! Aliais MUITO ALTOS! KKKKKKKKKKK. NÃO, MALUCA, tamos alto, távamos alto. ADEUS doidona. Adeus nada, tamos juntoooooooooooo.

Bill Shalders

Curitiba, 23 de junho de 2015

 

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